foto: Ju Brainer
Ocupando uma lacuna de política pública sobre a memória da dança no Brasil, os projetos independentes tem olhado para os desafios do arquivo e da memória em dança. Esta mini-residência se destina a conectar quatro projetos que, de formas diversas, agem/refletem nessa direção, e busca uma construção colaborativa de novos caminhos. Os projetos Acervo Recordança, Acervo Mariposa, Temas de dança e Cartografias de ficção se encontram em Petrópolis entre os dias 27 e 31 de Outubro para apontar diretrizes, necessidades e dificuldades na lida com a história, a memória, o arquivo e a performance.
foto: Bárbara Fontana
O Acervo RecorDança (PE) é um projeto de pesquisa, documentação e difusão da memória da dança, realizado pela Associação Reviva. Criado em 2003, o Acervo reúne, em um sistema de busca na Internet, o registro digitalizado de fotos, vídeos e programas de espetáculos produzidos na Região Metropolitana do Recife, assim como informações dos artistas e grupos atuantes nesse cenário.
O Acervo Mariposa (SP) é um programa cultural de gestão de aquisições, termos de autorização, parcerias e difusão dos materiais que possibilitem a difusão dos materiais de dança. A construção de um patrimônio coletivo é a principal tônica do Acervo Mariposa com a finalidade de estabelecer a democratização dos materiais de dança, seja para a comunidade da dança, seja para o público em geral.
O grupo de pesquisa Temas de Dança (RJ) elabora critérios - a partir de leituras, análise de vídeos, oficinas temáticas, conversas com artistas - que auxiliem a pesquisa em dança, mais especificamente, as relações entre pensamento, história, dança e corpo. A idéia é possibilitar tanto aos profissionais quanto aos estudiosos da dança um arsenal teórico e prático que contribua para a formação, produção e difusão em dança.
O Cartografia de ficções (PT/SP) "lose yourself to dance" é um espaço de estudo das histórias da dança mapeado a partir da prática performativa do estudo, uma ação artística que estuda as histórias da e na dança em forma de suas cartografias possíveis. Em vez de história da dança como uma trajetória linear, atuamos de modo que as relações e referências se cruzem no tempo, re-encenando (reenacting) a si mesmas de outra formas. O que nos interessa é que um artista nos leve a outro, a outro, até ao que não conheço, e continua, a outro, e outro, criando mapas, caminhos, mapas sobre mapas móveis. Mapas que podem aproximar o Equador dos Estados Unidos, a Rússia da Argentina, e parte do Brasil a outros partes do Brasil. No nosso caso, torna Lisboa e São Paulo, um pulo.
No dia 31/10 (Sexta-Feira) haverá uma mostra pública da mini-residência.
Horário: 18h
Local: CDC (Sala Guiomar Novaes)
Vagas: 30
